Grande Real Villa Itália Hotel & Spa, vale cada uma das estrelas

Grande Real Villa Itália Hotel & Spa

Senti as 5 estrelas do Grande Real Villa Itália logo à chegada, antes mesmo de pôr os pés no hotel. Um funcionário abriu delicadamente a porta do carro em que cheguei, retirou as malas e logo de seguida levou o carro para o estacionamento.

Estava inserida num grupo mas, mesmo assim, o check-in foi rápido e eficiente, um atendimento personalizado, daqueles em que nos tratam pelo nome: “Sra. Cláudia, vão indicar-lhe o seu quarto…”. Claro que carregar malas no hotel também está fora de questão, mesmo que a bagagem se resuma a uma pequena maleta – afinal, ia para apenas uma noite – e, quando cheguei ao quarto, lá estava ela à minha espera.

Tive bastante sorte durante a minha estadia no Grande Real Villa Itália porque pude experimentar os dois principais cartões-de-visita do hotel: o restaurante La Terraza, dirigido pelo premiado chef Paulo Pinto, e um tratamento no Real Spa Marine. Confesso que ia com expectativa, pois já tinha ouvido grandes elogios sobre o spa, que utiliza a água do mar nos tratamentos – o que é designado por talassoterapia.

Como o spa fica situado no piso subterrâneo, o acesso faz-se por uma rampa em túnel que no final se abre num espaço amplo dominado por uma piscina às curvas. A terapeuta indica-me o sentido a tomar para percorrer todo o circuito da água, ora fazendo força para caminhar contra a corrente, ora parando nos jatos para receber massagens de água, nos ombros e nas costas. Alguns jatos são bastante agressivos, mas sabem-me bem. Mas o melhor ainda estava para vir: a massagem de óleos quentes – para um “bom relaxamento muscular”, garante-me a massagista. E fiquei relaxada, não haja dúvidas.

Até ao jantar, há algum tempo livreque aproveito para dar uma volta pelo hotel. O Grande Real Villa Itália Hotel & Spa foi construído a partir da recuperação das casas onde morou o último rei italiano, Humberto II, que escolheu Cascais para viver quando se exilou depois de um referendo favorável à república em Itália. Os espaços são sobretudo clássicos, com o chão em mármore, reposteiros, bustos em pedra… demasiado “romano” para o meu gosto.

Mais descontraído é o ambiente no La Terraza, um dos restaurantes do hotel (também há o Belvedere), onde pude saborear as criações do chef Paulo Pinto (chefe executivo de todos os hotéis Real e ex-Bica do Sapato). Uma sangria de espumante com maracujá para abrir as hostilidades e depois foi um desfile de recriações da cozinha mediterrânica – pequenas tapas, não se assustem – onde havia um risoto que nunca mais me saiu da cabeça.

Localização

O Grande Real Villa Itália Hotel e Spa fica a apenas 30 km de Lisboa, em plena marginal um pouco depois de Cascais, seguindo em direção ao Guincho. A disposição do hotel, de frente para o mar, e o fácil acesso à ciclovia que acompanha a estrada são pontos a seu favor. Em 10 minutos a andar cheguei ao centro de Cascais e, mesmo de noite – sobretudo quando não faz frio -, há muita gente por ali a caminhar, a correr e a andar de bicicleta.

Morada: Rua Frei Nicolau de Oliveira 100, 2750-319 Cascais, Portugal

Quartos

Fiquei num quarto seascape, com vista sobre a piscina e o mar a perder de vista. Amplo, cama grande, lençóis de linho, muitas almofadas (de penas, perfumada ou de temperatura regulável), tudo bem confortável. Na casa de banho – mais uma vez, muitos mármores -, além da banheira há duche. Todos os quartos – como 5 estrelas que é também tem suites e 3 penthouses – foram decorados pela decoradora Graça Viterbo.

Atmosfera

Havia alguns casalinhos, daqueles que não se despegam, o que leva a crer que se não estão em lua-de-mel para lá caminham. Fiquei hospedada durante a semana e o ambiente estava calmo e sem grande movimento. O melhor sítio para o fim da tarde é o terraço, com sofás confortáveis de onde já não apetece sair. Tão agradável que vem muita gente de fora apenas para tomar um copo ao pôr-do-sol. Depois do jantar, o lugar mais procurado do hotel é o bar, que fica no piso da receção onde em algumas noites há um pianista que dá ambiente.

Pequeno-almoço (café da manhã)

Para queimar todas as calorias ingeridas neste pequeno-almoço é preciso andar – ou melhor ainda, correr – até ao Guincho. E voltar. É muito difícil resistir a pãezinhos quentes, croissants, brioches e crepes, já para não falar da pastelaria, onde há coisas como travesseiros de Sintra e areias de Cascais. Para acompanhar, há uma grande variedade de iogurtes, chás, café e sumos naturais. Eu não me atrevi mas, entre queijos, charcutaria, compotas, ovos mexidos, bacon, cogumelos e tomate assado (tudo feito no momento), há bastante por onde escolher. O café da manhã é servido entre as 7:00 e as 10:30 no restaurante Navegantes.