Évora Hotel, uma porta de entrada para o Alentejo

Évora Hotel

Há algo que me vem imediatamente à cabeça quando penso no Évora Hotel: as varandas dos quartos, onde todas as noites terminei os meus dias. Ajuda que tenha estado sempre no hotel no verão, imagino; ainda agora, a escrever este texto, sinto o calor apaziguado das noites alentejanas. E recordo a última estadia, em 2013, quando me calhou um quarto com vista para a piscina exterior: uma meia-lua iluminada, rodeada de palmeiras em ambiente feérico. Este não é um hotel de exuberâncias, faz parte de uma geração de hotéis sóbrios, confortáveis, grandes; mas sem que nada o fizesse esperar ficou guardado na minha memória de forma perfeitamente perceptível.

A minha mais recente visita deixou-me logo à vista uma nova adição no Évora Hotel. Um winestore abre-se logo à entrada, ainda antes de vermos o balcão. O espaço do lobby é um bom resumo do hotel: bom gosto discreto, recantos aprazíveis (nos dias frios a lareira deve ser irresistível), mesas de jogo e de bilhar. O restaurante e o lounge aparecem naturalmente, o balcão do bar impõem-se e o alpendre virado ao jardim e às piscinas exteriores merecem que aí se perca algum tempo.

A piscina exterior ficou sempre fora dos meus horários, porém a interior foi o destino dos meus passos em uma ocasião. Faz parte do health club e wellness club e o acesso foi por isso um pouco complicado, com cartões à mistura. A piscina está ao nível do relvado, luz abundante entram pelas fachadas transparentes e os jatos de água são bem-vindos depois de um dia de passeio. Como era verão, a hora avançada em que fui significou a “propriedade” total, do espelho de água e ainda do jacuzzi, sauna e banho turco. Soube bem.

Não saberá tão bem chegar a caminhar ao centro histórico de Évora. Nunca me atrevi. De carro fica uma distância de cinco, dez minutos, depende da porta que se escolha. Foi aí que fiz sempre as refeições, embora um jantar, um pouco tardio, é certo, quase tenha saído pela culatra. Mesmo numa sexta-feira de verão, com as ruas concorridas e as esplanadas bem compostas. Não experimentei nunca, portanto, o restaurante do hotel, embora os menus fossem apetitosos q.b.. Ficará para uma próxima, porque sei que o Évora Hotel é um porto seguro. E isso conta.

Localização

O Évora Hotel é perfeitamente visível para quem chega à cidade vindo do Norte – a torre ergue-se por detrás de vegetação baixa, à beira da estrada. A entrada fica no sentido oposto. É um bom local para quem está de passagem por Évora ou não quer as dores de cabeça que pode ser transitar dentro do centro histórico.

Morada: Avenida Túlio Espanca, 7002-502 Évora

Quartos

Os quartos em que fiquei alojada, virados à planície e à piscina (as duas variedades), eram bastante semelhantes. Dimensões razoáveis, mobiliário adequado ao espaço, linhas limpas e cores fortes nos quadros e numa das paredes, o que dá um toque quente aos espaços. A casa de banho já precisava de umas afinações, mas é bastante aceitável. Fiquei em quartos standard (calhei em camas twin e cama de casal, indiscriminadamente), que compõem a maioria da oferta do hotel. São 170 quartos, entre superiores e suites.

Atmosfera

O ambiente que encontrei no Évora Hotel é bastante eclético – desde famílias com filhos a casais, jovens e menos jovens, e viajantes solitários. Uma percentagem razoável de estrangeiros, o que empresta um ar cosmopolita ao hotel e um movimento perceptível em busca das ofertas turísticas das redondezas.

Pequeno-almoço (café da manhã)

É um café da manhã pleno de variedade que não vai deixar ninguém de barriga vazia. A única falha notória é a quase ausência de produtos regionais. Quem não gosta das especialidades alentejanas? Queijos, um ou outro doce e, claro, o pão são uma combinação que não ficaria mal à mesa do pequeno-almoço.