Eurostars das Artes Hotel
Por duas vezes, em deslocações de trabalho ao Porto, fiquei alojada no Eurostars das Artes Hotel. Na primeira, tinha ido fazer uma matéria sobre a “movida artística” da cidade do Porto e, como o hotel fica em plena zona das galerias, achei que era um bom ponto de partida. Na segunda, já nem me lembro o que fui fazer ao Porto, mas como tinha gostado muito do hotel, voltei a ficar lá. E teria ficado outras vezes, não fosse a vontade de conhecer outros hotéis da Invicta.
Fiquei desde logo encantada com a bonita fachada azul-turquesa com pequenos azulejos. O prédio é antigo e houve o bom senso (e bom gosto) de manter a fachada quando foi adaptado para hotel. Nas traseiras foi construído outro edifício, moderno, e os dois estão ligados por uma passagem de metal e vidro – mais ou menos como as pontes telescópicas que nos levam dentro do avião. Lá dentro, tudo é moderno. Desde as áreas públicas aos quartos.
Das duas vezes em que fiquei a dormir no Eurostars das Artes voltei com a mesma impressão sobre a equipa do hotel: simpática, agradável, disponível e prestável. Ninguém me olhou como se fosse excêntrica quando pedi leite magro ao pequeno-almoço – o que, acreditem, já tem acontecido –, da mesma forma que o funcionário da receção não se furtou a responder a todas as minhas perguntas sobre o bairro e o movimento das galerias. Todos estavam realmente interessados em dar o seu melhor e não é exagero dizer o staff é mesmo um dos pontos fortes do hotel Eurostars das Artes.
Dispensei o cálice de vinho do Porto que me foi oferecido no bar do hotel – é talvez dos locais menos interessantes, com mesas e cadeiras e pouco mais – e preferi um gin tónico enquanto desfrutava o fim da tarde no pequeno jardim exterior. É mesmo pequenino e estreito, mas muito bem cuidado. Apesar de ser inverno, o sol brilhava e achei estranho que mais ninguém quisesse desfrutar do jardim; melhor ainda: fiquei com um jardim só para mim.
Pelo menos 6 vezes por ano, as mais de 20 galerias que localizadas nas imediações do hotel, nomeadamente na rua de Miguel Bombarda, inauguram ao mesmo tempo exposições de artistas plásticos nacionais e estrangeiros.
São dias de movimento intenso nas ruas em redor do hotel, com animação, música e lojas abertas. Nunca fiquei no Eurostars das Artes num desses Sábados de Inaugurações Simultâneas, eventos que ganharam muita notoriedade na cidade do Porto. Mas acho que ainda vou ficar.
Como é o Hotel Eurostars das Artes?
“O Eurostars das Artes é um hotel simpático e confortável, situado em pleno bairro artístico do Porto. Ótimo para um fim de semana na cidade.” Cláudia Silveira
Localização
O hotel Eurostars das Artes fica na rua do Rosário, em pleno quarteirão das galerias de arte contemporânea do Porto. É uma perpendicular da rua de Miguel Bombarda, conhecida como “a rua das galerias”. Nesta zona do Porto têm surgido nos últimos anos espaços alternativos, entre cafés, restaurantes, oficinas de restauro de móveis, antiquários, lojas de design, de decoração, de vestuário vintage (há quem prefira dizer “retro-cool”), de música ou livros em segunda mão.
Ficando a dormir no Eurostars das Artes está a uma curta caminhada da rua da Cedofeita, uma das principais artérias de comércio tradicional do Porto, dos Jardins do Palácio de Cristal e do Museu Nacional de Soares dos Reis. E, para quem não se importe de andar, em pouco tempo chega à Avenida dos Aliados, o “centro” do Porto.
Morada: Rua do Rosário 160, 4050-521 Porto
Quartos
Os quartos do hotel Eurostars das Artes são do género dos hotéis de negócios: não muito grandes mas funcionais e com tudo o indispensável. A decoração é sóbria mas moderna, com móveis escuros, linhas retas e, muito importante, almofadas confortáveis.
Também muito importante: as janelas têm vidros duplos, o que é bastante útil sobretudo para quem fica nos quartos voltados para a rua, como foi o meu caso. Também há quartos que dão para o jardim nas traseiras – aqui entre nós, acho que esses são os melhores.
Atmosfera
A decoração dos espaços foi claramente pensada para ser uma espécie de prolongamento do quarteirão. Nos espaços comuns e nos corredores encontram-se exposições temporárias organizadas em conjunto com algumas das galerias das proximidades. Cruzei-me com homens de negócios, turistas e também famílias com filhos mas toda a gente parecia estar a chegar ou a preparar-se para sair. É um hotel bastante sossegado, e as áreas públicas são mais locais de passagem do que sítios para estar.
Pequeno-almoço (café da manhã)
A começar na sala onde é servido, num amplo espaço envidraçado voltado para o jardim, até à refeição propriamente dita, tudo é bom (ótimo mesmo). O buffet é farto e muito variado e inclui alguns “luxos” não tão comuns num hotel de 4 estrelas, como sumo de laranja natural, pastéis de nata, queijos, cogumelos e frutas variadas. Pode ou não estar incluído no preço, consoante a tarifa escolhida.
Conclusão
- Pontos fortes: localização numa zona muito interessante da cidade do Porto; pessoal simpático e prestável; e a garagem, especialmente útil porque na área não é fácil estacionar, sobretudo no final do dia (estacionamento pago).
- Pontos fracos: no quarto, o WiFi não era grande coisa: uma ligação lenta e com interrupções.
- Em resumo: muito aconselhável, sobretudo para quem queira explorar a onda artística do Porto
- Ideal para: viajantes de negócios, jovens casais e casais com filhos (há quartos comunicantes), e para todos os interessados na cultura da cidade do Porto.
- Preço: desde 45€ duplo · Ver preços
- Data da estadia: nov. 2010